A presidenta Dilma Rousseff está reeleita com 54, 5 milhões de votos (51,64% dos votos válidos). Aécio Neves teve 51 milhões de votos (48,3% dos votos válidos). Confira reportagem de Priscilla Mazenotti.
No primeiro discurso como presidenta reeleita, Dilma Rousseff falou em união e paz. Disse que não vê resultado das urnas como polarização, uma divisão do país ao meio, e que agora é preciso transformar as discussões acaloradas em energia para a construção de um país melhor.
"Em lugar de ampliar as divergências, de criar um fosso, tenho forte esperança de que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para a construção de pontes. O calor liberado no fragor da disputa pode e deve agora ser transformado em enegia construtiva de um novo momento no Brasil."
A presidenta reeleita afirmou que a vitória apertada que teve nas urnas, com uma diferença de pouco mais de 3% do segundo candidato, o tucano Aécio Neves, pode produzir resultados mais rápidos. Para ela, choque de posições deve construir espaços de consensos.
"Algumas vezes na história resultados apertados produziram mudanças mais fortes e rápidas do que vitórias muito amplas. Essa é a minha esperança, ou melhor, a minha certeza do que vai ocorrer a partir de agora no Brasil."
Dilma afirmou que está disposta a abrir o diálogo com todos os setores da sociedade e ressaltou que a reforma mais importante que deve ser implementada é a política. Para isso, falou que deve ser feito um plebiscito para ouvir a sociedade sobre o assunto. A presidenta afirmou ainda que vai combater rigorasamente a corrupção.
"Terei um compromisso rigoroso também com o combate à corrupção, fortalecendo as instituições de controle e propondo mudanças na legislação para acabar com a impunidade, que é a protetora da corrupção."
Na parte econômica, a presidenta reeleita disse que vai tomar medidas para assegurar a retomada do crescimento e garantir os níveis de emprego e de salário. O combate à inflação será prioridade.
