O Ministério Público Federal denunciou à Justiça Federal do Paraná, o ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Além de Cerveró, foram denunciados o empresário Fernando Soares e o ex-presidente do Conselho de Administração da empresa Jolmey, que atua no Uruguai, Oscar Algorta.
Cerveró e Soares são acusados por formação de quadrilha. De acordo com a denúncia, Fernando Soares atuava em favor de Cerveró, intermediando pagamento de propina e lavagem de recursos ilícitos.
As investigações apontaram que parte das propinas recebidas pelo ex-dirigente da estatal foi enviada a empresas no Uruguai e na Suíça e, depois, um percentual desse valor retornou ao Brasil por meio de investimentos na empresa Jolmey do Brasil, uma filial da empresa uruguaia que pertencia a Cerveró.
Para lavar o dinheiro, Algorta e Cerveró utilizaram um apartamento de luxo no Rio de Janeiro.
O apartamento, comprado pelo valor de R$ 1,5 milhão, hoje deve valer cerca de R$ 7,5 milhões, mas foi alugado ao ex-dirigente da estatal por valor muito abaixo do mercado.
Para o Ministério Público, o objetivo era mascarar que o imóvel pertencia a Cerveró e, assim, evitar que ele fosse alvo de investigações .
O MPF pede a perda do apartamento, assim como os valores das contas-correntes da empresa, e o pagamento de reparação de danos no valor de R$ 7,5 milhões.
