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Política

Pizzolato será extraditado da Itália para cumprir pena no Brasil

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Lucas Pordeus Leon
24/04/2015 - 21:16
Brasília

No momento em que a Justiça italiana definir uma data, a Polícia Federal vai ter 20 dias para buscar o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Nessa sexta-feira (24), o ministro da Justiça italiana, Andrea Orlando, autorizou a extradição.

 

Pizzolato, que tem cidadania brasileira e italiana, foi condenado no processo do Mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato, que é o crime praticado por funcionário público contra a Administração. Em novembro de 2013, foi decretada a prisão do ex-diretor, que fugiu para a Itália. Ao ser detido no país europeu em fevereiro 2014, o Brasil pediu a extradição de Pizzolato.

 

Mas a Itália negou o pedido, argumentando que os presídios brasileiros não tinham condições de receber o ex-diretor. O Ministério Público do Brasil e a Advocacia-Geral da União entraram com recurso e reverteram a decisão.

 

O responsável pela cooperação internacional da Procuradoria Geral da República (PGR), Vladimir Aras, acredita que o fato de ele ser condenado por corrupção pesou na decisão.

 

O procurador disse ainda que essa é a primeira vez que a Itália extradita um cidadão italiano para o Brasil. Segundo a Procuradoria, esse caso abre um bom precedente com toda a comunidade europeia, para que se possa extraditar pessoas condenadas por corrupção.

 

Ao chegar ao Brasil, Pizzolato deverá cumprir pena na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, conforme determinação do ministro do Supremo da época, Joaquim Barbosa.

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