A Câmara dos Deputados adiou nessa quinta-feira (18) o projeto de lei que reduz a desoneração da folha de pagamento concedida, desde 2011, a 56 setores da economia. A sessão foi interrompida pela notícia de que o veículo que levava senadores brasileiros foi cercado por manifestantes em Caracas, na Venezuela.
O fato gerou intenso debate e o presidente da Casa, Eduardo Cunha, acabou adiando a votação para próxima quarta-feira, dia 24.
O projeto é o último item do ajuste fiscal que falta ser votado. Com o aumento da alíquota, o governo esperava aumentar a arrecadação em R$ 12,5 bilhões já em 2016. Mas com as mudanças feitas pelo relator, deputado Leonardo Picciani, do PMDB, esse valor deve cair para R$ 10,5 bilhões. Picciani reduziu o aumento da alíquota para os setores do transporte, comunicações, call center e dos itens da cesta básica.
A oposição comemorou o adiamento da votação. O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, de Pernambuco, criticou a medida.
O líder do governo, José Guimarães, do PT, disse que a medida é importante para equilibrar as contas do governo.
Na próxima semana é feriado de São João em todo o Nordeste, o que pode dificultar o quórum de votação. O governo federal quer sancionar o projeto até 30 de junho para que em outubro a nova cobrança na folha de pagamento comece a valer.
* Título alterado para adequação de informações.