Está marcado para a manhã desta terça-feira (9) o depoimento de Júlio Faerman à CPI da Petrobras. Ele é ex-representante comercial da empresa holandesa SBM Offshore no Brasil, e é suspeito de ter feito pagamento de propinas a ex-diretores da Petrobras em troca de contratos com a estatal.
O depoimento é considerado o mais importante da semana na CPI. Mas Júlio Faerman obteve habeas corpus no Supremo Tribunal Federal e poderá permanecer em silêncio e não será preso por não colaborar com a comissão.
O direito ao silêncio irritou o vice-presidente da CPI, deputado Antonio Imbassahy (PSDB/BA). Ele prevê que será quebrado o sigilo bancário de Júlio Faerman, de seus familiares e de ex-sócios.
Nessa segunda-feira (8) a CPI da Petrobras ouviu sete funcionários da estatal que participam ou participaram das obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Henrique Lage, em São José dos Campos (SP).
Segundo Antonio Imbassahy, os depoimentos dos funcionários contradizem afirmações de ex-dirigentes, e revelam falhas na elaboração de projetos, o que pode ter causado estimativas de custos erradas e, eventualmente, ter facilitado a corrupção na estatal.
A sessão da CPI foi marcada por baixo quórum de parlamentares. Além do vice-presidente, participaram da tomada de depoimentos apenas quatro deputados, dois deles relatores.
O deputado Léo de Brito, do PT/AC, que substituiu o relator Luiz Sérgio, lamentou a ausência dos colegas.
Além dos depoimentos, a semana da CPI da Petrobras será marcada pela votação de requerimentos e acareações, entre elas entre o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco.
