A CPI do Senado que investiga suspeitas de alteração em julgamentos do Carf - Conselho Administrativo de Recursos Fiscais aprovou a quebra dos sigilos telefônico, de mensagens via celular e de e-mails do ex-presidente da Mitsubishi no Brasil Paulo Ferraz.
O atual presidente da empresa, Robert Rittscher, também terá os mesmos sigilos quebrados.
A CPI quer saber porque a Mitsubishi, depois de ter sido autuada pela Receita Federal, conseguiu junto ao Carf reduzir o débito de 266 milhões de reais para menos de um milhão de reais.
Ainda na lista de sigilos quebrados nesta quinta-feira está o bancário Hugo Borges, suspeito de ser um dos principais operadores financeiros de José Ricardo da Silva, ex-conselheiro do Carf que é alvo das investigações.
Os senadores também querem informações da Receita sobre empresas de que Borges foi ou se mantém sócio.
Outras quebras foram as de sigilo bancário e fiscal da Planeja Assessoria e da Alfa Atenas Assessoria Empresarial. As duas prestaram assistência à Mitsubishi em processos dentro do Carf.
A suspeita é que essas e outras consultorias tenham atuado como intermediárias de propinas para membros do conselho.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Mitsubishi informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.