A Presidenta Dilma Rousseff confirmou neste sábado (8) a indicação do atual Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, para um novo mandato de dois anos à frente do Ministério Público Federal (MPF).
Após participar de reunião com Dilma e o próprio Janot no Palácio da Alvorada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, avaliou que a escolha da Presidenta reflete respeito pela autonomia do MPF, que já havia aprovado a recondução do Procurador-Geral ao cargo.
Sobre as críticas de alguns investigados à atuação de Janot na condução da Operação Lava Jato, o ministro voltou a defender a autonomia do MPF e ressaltou que a Constituição garante liberdade investigatória aos que atuam nessa área : "É evidente que nós não podemos jamais condenar pessoas sem que lhes seja assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa, também estabelecidos na Constituição. Mas as instituições do Brasil, na medida em que a Constituição estabelece essas prerrogativas, devem funcionar e funcionar com eficiência. E a autonomia é o que está assegurado na Constituição Federal.”
Na semana passada, Rodrigo Janot venceu a eleição interna do Ministério Público (MPF), com 799 votos, para ser reconduzido ao cargo por mais dois anos.