Depois de promulgada a Emenda que abre 30 dias para que deputados federais, estaduais e vereadores possam trocar de partido, sem perder o mandato, é hora de fazer as contas. Especialistas estimam que entre 50 e 70 deputados mudem de partido. E o governo e a oposição têm expectativa de ver suas bancadas aumentarem.
O líder do PMDB, Leonardo Picciani, disse que se houver perda de deputados, será por questões regionais e insatisfação nos estados. Ele aposta que, no final das contas, a bancada pode aumentar. “Certamente nós teremos, também, a entrada de outros deputados. Eu creio que a bancado do PMDB pode até sair maior”.
O líder do DEM, Pauderney Avelino, tem a mesma opinião. E acha que a oposição poderá se fortalecer com o troca-troca partidário. Segundo ele, há diversos parlamentares insatisfeitos na base aliada ao governo que podem migrar para a oposição.
Numa coisa os líderes concordam: é preciso aguardar o fim do prazo, o fim dos 30 dias, para avaliar como vai ficar o novo desenho da Câmara.
A ideia é criar uma comissão para estudar a proposta de redistribuição dos cargos, aproveitando os servidores que já existem, e redirecioná-los para os partidos, principalmente para os novos, caso da Rede e do PMB, o Partido da Mulher Brasileira, como explicou o líder do PPS, Rubens Bueno.
A nova regra vai valer apenas para aqueles que foram eleitos para cargos proporcionais, que são os deputados federais, estaduais e vereadores.
Aqueles que ocupam cargos majoritários, no caso, senadores, governadores, prefeitos e presidente da República não serão afetados porque o Supremo Tribunal Federal decidiu que a fidelidade partidária não pode ser aplicada a eles.