O vice-presidente, Michel Temer, disse que ficou “extremamente espantado” com a liminar do STF que determina a abertura do processo de impeachment contra ele na Câmara.
A decisão foi tomada pelo ministro Marco Aurélio Mello, nessa quarta-feira (6). O ministro manda o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), decidir da mesma forma como procedeu com o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ou seja, abrir uma comissão especial para analisar o pedido.
Michel Temer disse que os decretos suplementares assinados por ele enquanto esteve interinamente no exercício da Presidência, apontados na denúncia, foram considerados legais pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Nessa quarta-feira, o presidente da Câmara encaminhou ofício aos 25 partidos solicitando a indicação de parlamentares para compor a comissão especial destinada a analisar o pedido de impeachment de Michel Temer. Do total de partidos, 20 têm líderes na Câmara.
Sobre a convocação de eleições gerais, o vice-presidente Michel Temer disse que os impasses políticos do país devem ser solucionados por meio dos mecanismos constitucionais e a nossa Constituição não prevê eleições gerais.
De acordo com ele, as instituições devem ser preservadas e é preciso sair do "jeitinho". Essa foi uma resposta ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que disse nessa semana que a ideia de eleições gerais não deve ser descartada como saída para a crise política no Brasil.
