O ministro da Educação, Mendonça Filho, negou que tenha recebidos recursos da construtora UTC para a campanha a deputado federal pelo DEM em 2014.
Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que há indícios de que o então candidato tenha recebido propina no valor de R$ 100 mil da companhia.
Janot também diz que é curioso observar, na prestação de contas, que o então candidato tenha recebido exatos R$ 100 mil das construtoras Odebrecht e Queiroz Galvão.
As considerações de Janot foram enviadas à Suprema Corte no começo do ano, mas só agora perderam o sigilo.
Em nota, Mendonça Filho esclareceu que foi procurado por interlocutores da empresa que ofereceram uma doação legal no valor de R$ 100 mil. Mas o então candidato teria dito que não queria a doação e aconselhou a companhia a entregar o dinheiro ao partido.
Segundo o ministro, a doação foi feita ao partido de forma legal e está registrada na prestação de contas do DEM de 2014, junto à Justiça Eleitoral. Ele também diz que as doações das construtoras Queiroz Galvão e Odebrecht foram feitas de forma legal e estão registradas na Justiça Eleitoral.
Em nota, a UTC Engenharia afirmou que não comenta investigações em andamento. A Queiroz Galvão também não comenta e ressaltou que todas as doações eleitorais obedecem à lei. E a Odebrecht disse que não vai se manifestar.