A presença de Dilma Rousseff no julgamento do impeachment para fazer a própria defesa animou os aliados da presidenta afastada. Já os senadores da base do governo interino minimizaram a importância da sessão dessa segunda-feira (29).
Dilma Rousseff ficou mais de 14 horas no Senado e respondeu perguntas de 48 parlamentares. O senador pelo PTB Armando Monteiro acredita que a presença de Dilma pode influenciar indecisos.
Já o senador Lindberg Farias, do PT, está mais otimista. Ele acredita inclusive em uma virada.
A base do governo interino minimizou o impacto da presença de Dilma Rousseff. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, do PSDB, acredita que contrários ao impeachment estão blefando.
O senador do PMDB, Romero Jucá, disse que a presidenta afastada estava no direito de se defender, mas está seguro que o impeachment será aprovado.
O senador Hélio José, do PMDB, votou a favor da abertura do julgamento final e afirmou que estava convicto que votaria pelo afastamento definitivo. Mas no seu depoimento, mostrou indecisão por causa de possíveis mudanças trabalhistas e previdenciárias do governo interino.
Na última votação que aprovou o julgamento final, foram 59 votos contra 21. Para ser cassada definitivamente, são necessários 54 votos. Portanto, Dilma Rousseff teria que reverter seis votos para escapar da cassação do mandato.