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Política

Léo Pinheiro resolve falar o que sabe nas investigações da Lava Jato

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Victor Ribeiro
14/09/2016 - 07:27
Brasília

O ex-presidente da empreiteira OAS José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, prestou depoimento nessa terça-feira (13), ao juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba. Investigado na Operação Lava Jato, ele disse que está disposto a falar tudo o que sabe. No primeiro depoimento, em agosto, preferiu o silêncio.


Agora, Léo Pinheiro confirmou que se reuniu com o ex-senador Gim Argello (PTB-D) para discutir como barrar as investigações da CPI da Petrobras, encerrada em 2009.


A comissão apurava suspeitas de desvios de recursos na estatal e pretendia ouvir os empreiteiros.


Segundo o executivo, participaram do encontro o ex-ministro Ricardo Berzoini e o ex-senador e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, que era presidente da CPI.


Na época, Gim Argello era vice-presidente da comissão. Os políticos pediram R$ 5 milhões. De acordo com Léo Pinheiro, a construtora não pagou porque o valor, que fugia ao padrão de doações eleitorais da OAS.


Léo Pinheiro pretendia revelar o que sabe em um acordo de delação premiada, mas os detalhes vazaram para uma revista semanal e a Procuradoria-Geral da República suspendeu a negociação.


Além do pagamento de propina, Léo Pinheiro responde por suposta participação no esquema de cartel de empreiteiras na Petrobras. O executivo é suspeito, ainda, de beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos casos do tríplex em Guarujá (SP) e do sítio em Atibaia (SP).

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