Lula começou o pronunciamento se colocando como um cidadão indignado. Fez um resgate de sua história como líder sindical, fundador do partido dos trabalhadores e depois como presidente da República.
Afirmou que sempre lutou por instituições fortes e que fez isso ao garantir a autonomia da Polícia Federal e respeitar as indicações do Ministério Público para a condução do órgão, mas criticou a proximidade entre as instituições públicas e a imprensa.
Durante o discurso, ele lembrou dos ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, mas disse que não teria vocação nem para deixar o país nem para se matar. Lula comparou as acusações de que é o grande comandante do esquema de corrupção na Petrobrás com o roteiro de uma novela que tem como desfecho inviabilizar a possibilidade de uma candidatura em 2018.
Lula ironizou a ausência de provas para a acusação de que é o comandante do esquema de corrupção que o procurador Dalton Dellangnol batizou de propinocracia e, emocionado, e chegou a chorar em dois momentos. Afirmou que está à disposição da Justiça, mas pediu respeito a sua família.
Além de Lula também estão sendo acusados pelo Ministério Público sua esposa, Marisa Letícia, Paulo Okamoto, Presidente do Instituto Lula e outras 6 pessoas.
Ao final do pronunciamento, o advogado de Lula, Cristiano Zanin, disse que está entrando com recurso no Conselho Nacional do Ministério Público questionando a conduta dos promotores responsáveis pela acusação do ex-presidente.