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Política

Lula afirma em discurso que está à disposição da Justiça

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Eliane Gonçalves
15/09/2016 - 21:00
São Paulo

Lula começou o pronunciamento se colocando como um cidadão indignado. Fez um resgate de sua história como líder sindical, fundador do partido dos trabalhadores e depois como presidente da República.

 

Afirmou que sempre lutou por instituições fortes e que fez isso ao garantir a autonomia da Polícia Federal e respeitar as indicações do Ministério Público para a condução do órgão, mas criticou a proximidade entre as instituições públicas e a imprensa.

 

Durante o discurso, ele lembrou dos ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, mas disse que não teria vocação nem para deixar o país nem para se matar. Lula comparou as acusações de que é o grande comandante do esquema de corrupção na Petrobrás com o roteiro de uma novela que tem como desfecho inviabilizar a possibilidade de uma candidatura em 2018.

 

Lula ironizou a ausência de provas para a acusação de que é o comandante do esquema de corrupção que o procurador Dalton Dellangnol batizou de propinocracia e, emocionado, e chegou a chorar em dois momentos. Afirmou que está à disposição da Justiça, mas pediu respeito a sua família.

 

Além de Lula também estão sendo acusados pelo Ministério Público sua esposa, Marisa Letícia, Paulo Okamoto, Presidente do Instituto Lula e outras 6 pessoas.

 

Ao final do pronunciamento, o advogado de Lula, Cristiano Zanin, disse que está entrando com recurso no Conselho Nacional do Ministério Público questionando a conduta dos promotores responsáveis pela acusação do ex-presidente.

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