Após ficar quatro meses paralisada, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os gastos públicos municipais com a realização da Olimpíada se reuniu nessa terça-feira (27). Os vereadores vão investigar, também, a queda da Ciclovia Tim Maia, que causou a morte de duas pessoas em abril.
A comissão vai solicitar ao Instituto Carlos Éboli e à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que encaminhem os laudos sobre o acidente.
O proponente da CPI, Jefferson Moura (Rede), queria convocar como testemunha dois gestores da prefeitura do Rio: o secretário de Projetos Estratégicos e Concessões de Serviços Públicos e Parcerias Público-Privadas do Rio de Janeiro, Jorge Arraes, e o presidente da Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe), Armando Queiroga.
No entanto, os outros quatro integrantes foram contrários. Eles argumentaram que é preciso, primeiro, analisar toda a documentação disponível, que soma 22 mil páginas.
Para Moura, trata-se de manobra com a intenção de adiar a investigação, já que os demais membros são do PMDB, partido do prefeito Eduardo Paes.
No entanto, o presidente da CPI, Átila Nunes, afirma que não houve, em nenhum momento, a tentativa de atrapalhar as investigações.
A próxima reunião está marcada para o dia 11 de outubro. A comissão foi protocolada em abril e estava suspensa desde do final de maio. Ela somente foi retomada após determinação judicial.
O trabalho da CPI das Olimpíadas termina em dezembro, sem possibilidade de prorrogação devido ao fim da atual legislatura.