Pezão afirma que vai manter incentivos a empresas enquanto houver guerra fiscal

Os governadores de todos os estados do Brasil devem apresentar ao Congresso Nacional na próxima terça-feira um conjunto de propostas de mudanças nos regimes previdenciário e tributário.

De acordo com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, apenas medidas estruturantes seriam capazes de realmente reverter a crise financeira que afeta diversos estados , incluindo o Rio.

Pezão defendeu o aumento de 11 para 14%  na contribuição previdenciária dos servidores e o fim da guerra fiscal entre os estados e voltou a dizer que enquanto ela existir continuará dando incentivos para que as empresas se estabeleçam no Rio de Janeiro.

O governador,  no entanto , admitiu que o estado não tem um levantamento completo de quanto foi a renúncia fiscal dos últimos anos e qual o real benefício que ela trouxe em termos de arrecadação e geração de empregos.

Durante uma reunião com 24 deputados da bancada federal do Rio para discutir soluções para a crise,  prometeu entregar esses dados em até 30 dias. O deputado Alessandro Molon da Rede defendeu cortes nos incentivos como forma de aumentar a arrecadação do estado.

Os deputados também se comprometeram a pressionar o governo federal  para que a Petrobras aceite atualizar o preço dos combustíveis sobre os quais são calculados os royalties medida que injetaria R$ 2 bilhões a mais por ano nos cofres do estado.

A deputada Jandira Feghali afirmou que esse é o caminho mais curto para trazer algum alívio imediato. A bancada federal também tem uma reunião marcada no Tribunal de Justiça nesta sexta-feira para discutir os gastos do poder judiciário fluminense e uma possível utilização de recursos do fundo da justiça para pagamento do funcionalismo.