* Matéria atualizada às 17h24 para complementação de informações.
A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, homologou as delações de 77 executivos da Odebrecht na Operação Lava Jato, entre eles, Marcelo Odebrecht. O material, que está sob sigilo, será analisado pela Procuradoria Geral da República. O procurador, Rodrigo Janot, pode agir de três formas: decidir abrir novos inquéritos, distribuir os conteúdos das delações em processos já abertos ou encaminhar os acordos para instâncias do Ministério Público Federal nos estados.
Ao longo da última semana, após autorização de Carmen Lúcia, os juízes auxiliares de Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo, retomaram as audiências com os executivos da empreiteira. Nesses encontros, eles tinham que dizer se fizeram o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal espontaneamente. Esse é um procedimento exigido para que as delações sejam validadas. As audiências terminaram na sexta-feira e agora só faltava a homologação dos acordos.
Cármen Lúcia tinha até a próxima quarta-feira, quando começa o ano do Judiciário, para decidir se ela própria iria homologar os acordos antes de definir um novo relator para a Lava Jato no Supremo. O Procurador Rodrigo Janot já tinha pedido à presidente urgência na avaliação das delações.