A ex-presidente Dilma Rousseff entregou as alegações finais ao Tribunal Superior Eleitoral, no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
No documento, de 285 páginas, a defesa pede o arquivamento do processo. Aponta divergências nos depoimentos dos publicitários João Santana e Mônica Moura, responsáveis pela campanha de 2014, e do depoimento do empresário Marcelo Odebrecht. Pede, ainda, que o ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, adote medidas relativas à prática de crime de falso testemunho e a suspensão do benefício de colaboração premiada deles.
O presidente Michel Temer também entregou as alegações finais do processo. Voltou a pedir a anulação dos depoimentos de todos os executivos da Odebrecht, do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e de João Santana e Mônica Moura.
O argumento principal é o de que tais depoimentos em nada contribuem para elucidar os fatos investigados. A defesa de Temer afirmou, ainda, que um eventual afastamento dele da presidência teria graves consequências para o Brasil.
O pedido de cassação da chapa Dilma-Temer começou a ser julgado em abril pelo TSE. A pedido da defesa de Dilma, foi concedido mais prazo para análise de provas e alegações finais. Agora, o ministro-relator, Herman Benjamin, vai ter três dias para apresentar um relatório e o Ministério Público eleitoral terá dois dias para as alegações finais. Só depois disso que o processo poderá ser pautado novamente em sessão do TSE.
* Texto alterado às 15h02 para acréscimo de informações.