A uma semana de retomar o julgamento, no TSE, que pode cassar a chapa Dilma-Temer de 2014, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, disse que não cabe à corte eleitoral resolver crises políticas.
Sonora: “Também não cabe ao TSE resolver crise política. Isso é bom que se diga. O tribunal não é instrumento para solução de crise política. O julgamento será jurídico e judicial. Então não venham ao tribunal dizer: ah, vocês devem resolver uma crise que nós criamos. Vocês resolvam as suas crises.”
Gilmar Mendes se refere a crise iniciada com a delação dos donos da JBS envolvendo o presidente Michel Temer.
Iniciado há dois meses, o julgamento no TSE foi suspenso para que o tribunal ouvisse mais testemunhas. Ele será retomado no próximo dia 6, mas pode ser novamente adiado caso algum dos ministros peça vista, como comentou Gilmar Mendes.
Sonora: “É um processo complexo. Só o relatório do ministro Herman Benjamin tem mais de 1 mil páginas. Mas há muita especulação na mídia. Se houver pedido de vista é algo absolutamente normal. Ninguém o fará com este ou com aquele intuito.”
O TSE julga um pedido do PSDB para cassar a chapa eleita em 2014 por suposto abuso de pode econômico, como a suspeita de uso de caixa 2 na campanha. Se o Tribunal aceitar a denúncia, Temer perde o cargo. A Constituição, neste caso, determinação que seja realizada uma eleição indireta feita pelo Congresso Nacional. Mas a oposição já tenta aprovar uma PEC para convocar eleições diretas caso a presidência fique vaga.