Janot pede informações a Fachin sobre depoimentos de Santana e Mônica Moura
Os publicitários João Santana e Mônica Moura afirmaram, em delação premiada, na Lava Jato, que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff tinham conhecimento sobre o caixa 2 usado para pagar o marketing das campanhas presidenciais.
Com base nessas delações do casal de publicitários, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez 22 novos pedidos ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nenhum deles é relativo à abertura de novos inquéritos, mas pedem que as informações prestadas por João Santana e Mônica Moura, que trabalharam mais de 15 anos em campanhas eleitorais do PT, sejam incluídas em investigações já em andamento no STF, ou seja, remetidas para análise da Justiça Federal de cinco estados: Paraná, Sergipe, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Três das petições dizem respeito a Dilma Rousseff: uma por sua suposta tentativa de obstruir a Lava Jato; outra por benefícios pessoais que teria recebido, e uma terceira relacionada a irregularidades nas campanhas de 2010 e 2014, à Presidência da República.
São citados políticos, como os petistas Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo; Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento, e Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais, além dos senadores Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, também PT, e Marta Suplicy, do PMDB.
Um dos pedidos trata da tentativa de compra de tempo de televisão por parte de partidos que compunham a coligação da chapa Dilma-Temer, o que já é objeto de análise no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
* A participação da repórter foi ao vivo.