O ex-deputado federal Sandro Mabel pediu demissão do cargo de assessor especial do presidente Michel Temer. Ele enviou uma carta a Temer alegando questões pessoais.
Afirmou que em dezembro do ano passado já havia dito ao presidente que queria deixar Brasília para ficar com a família e cuidar dos negócios. Em março, tocou novamente no assunto com o presidente.
E agora deixou o posto, agradecendo pelo que chamou de oportunidade de ter participado da construção de um Brasil melhor.
O Ministério Público Federal pediu à Polícia Federal para investigar suposto pagamento de propina da Odebrecht, em 2010, ao então deputado Sandro Mabel. Delações de executivos da empreiteira informaram que pagaram R$ 100 mil disfarçados como doação de campanha. Outro executivo relatou que pagou outros R$ 140 mil ao ex-deputado.
Em resposta, Sandro Mabel confirmou que se reuniu com executivos da construtora e foram oferecidos valores como ajuda de campanha. Mas quando ele soube que o dinheiro seria repassado como Caixa 2, recusou a doação.
O ex-deputado é o quarto assessor de Temer a se envolver em escândalos. Primeiro foi José Yunes, que pediu demissão após ser citado em delação da Odebrecht. Depois Rodrigo Rocha Loures, que deixou o cargo de assessor para ser assumir uma vaga de suplente na Câmara dos Deputados, se viu envolvido no caso da JBS.
Nessa terça-feira, o ex-assessor de Temer Tadeu Filippelli foi preso na Operação Panatenaico. E a exoneração de Filippelli foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União. Ele é investigados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
* Matéria atualizada às 17h28 para complemntação de informações.