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Política

Temer responde perguntas feitas pela defesa de Cunha sobre supostas fraudes na CEF

Operação Sépsis
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Samanta do Carmo
18/07/2017 - 20:50
Brasília

O presidente Michel Temer foi arrolado como testemunha de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha, do PMDB, na ação penal que teve origem na Operação Sépsis. A operação investigou um esquema de corrupção no Fundo de Investimento do FGTS, que é administrado pela Caixa Econômica Federal, e foi criado para financiar obras de infraestrutura.

 

A denúncia é que Eduardo Cunha teria implantado um esquema para cobrar propina de empresários que esperavam liberação de financiamento do Fundo para execução de obras.

 

Temer respondeu por escrito as 22 perguntas feitas pelos advogados de Cunha. Ele diz que não foi responsável pela indicação de Moreira Franco, atual ministro da secretaria- geral da presidência, para o cargo de vice-presidente de fundos e loterias da Caixa, durante o governo Lula.

 

Temer afirma que a indicação foi feita pelo PMDB e diz também que desconhece qualquer pagamento de vantagem indevida por parte de empresários para liberação de financiamento do Fundo de Investimento do FGTS. Michel Temer era então presidente do PMDB,

 

O ex-deputado Eduardo Cunha, seu operador Lúcio Funaro, e o ex-ministro Henrique Alves estão presos por causa dessa ação penal. Eles são réus junto com o empresário Alexandre Margotto e o ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto. Foi Fábio Cleto quem delatou o caso.

 

Em suas respostas, Temer admite que conhece e teve reuniões com Léo Pinheiro, ex-executivo da construtora OAS, citado no esquema e diz que Pinheiro colaborou com a campanha de vários candidatos do partido, mas suas reuniões com o executivo não tiveram como tema o fundo de investimento do FGTS.

 

A Justiça Federal em Brasília retomou nessa segunda-feira os depoimentos no âmbito da operação Sépsis, quando foi ouvido o empresário Eike Batista, como testemunha de Lúcio Funaro.

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