Base e oposição tentam consenso para reforma política ser votada até fim de agosto

Parlamentares de base e oposição apostam em almoços, jantares e reuniões para entrar em consenso sobre a reforma política. O texto do deputado Vicente Cândido, do PT, propõe, entre outras coisas, mudanças no sistema eleitoral e a criação de um fundo público para custear as eleições. Nesta quarta-feira (9), o deputado Vicente Cândido se reuniu com lideranças de vários partidos para costurar alguns acordos.

Sonora: “Na Reforma Política, dificilmente haverá consenso. Nós estamos construindo maioria em cada ponto, em cada item. Nesse sentido, nós estamos avançando. No essencial, criação do fundo, modelo de votação, cláusula de barreira, fim de coligação. Tudo isso acho que já tem acordo de maioria e pronto para votar. Pode ter divergência de uma ou outra bancada, mas eu acho que tem votos pra decidir.”

No caso do sistema eleitoral a ser adotado, ainda não existe um consenso. O deputado Lúcio Vieira Lima, do PMDB, diz que o “distritão” tem maioria. Nesse sistema, cada estado seria uma espécie de distrito e o eleitor votaria no candidato, elegendo aquele mais votado.

Sonora: “O 'distritão' é o melhor sistema eleitoral para o momento, sinalizando para que, em 2022, tenha o distrital misto e, principalmente, porque, com o 'distritão', vai diminuir os custos da campanha”.

O deputado José Guimarães, do PT cearense, descarta um possível consenso sobre o tema.

Sonora: “Nós, que somos defensores da lista, e os que são defensores do “distritão” fizemos o debate e eu propus uma saída: vamos manter o proporcional no momento, depois vamos discutir o 'distritão', no futuro. Sobre isso não tem consenso”.

A expectativa dos deputados é encerrar as discussões e a votação em plenário ainda em agosto. Depois, o assunto segue para o Senado.