Leilão de 14 aeroportos deve ocorrer em 2018; concessão de Congonhas pode chegar a R$ 5,6 bi
O governo confirmou nessa quarta-feira (24) o leilão de 14 aeroportos, entre eles o de Congonhas, em São Paulo. Os editais serão lançados em um ano e a expectativa é que os leilões ocorram até o final de 2018.
Com a concessão do aeroporto de Congonhas, o governo quer receber R$ 5,6 bilhões de outorga, que é o valor que a empresa vencedora paga à vista para ter a concessão.
Congonhas é o principal aeroporto administrado pela Infraero e isso levantou dúvidas sobre como fica a situação da empresa.
O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, afirmou a Infraero ainda vai manter aeroportos lucrativos, mas que não tem condições de fazer investimentos.
Ao todo, durante a coletiva do Programa de Parcerias de Investimento, o governo anunciou 57 concessões e privatizações de empresas públicas.
Além do aeroporto de Congonhas, estão na lista o aeroporto de Vitória, em Macaé, no Rio de Janeiro, e mais 2 blocos - um do Nordeste, com aeroportos de Maceió, João Pessoa, Aracaju, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Recife; e outro, de Mato Groso: Cuiabá, Sinop, Alta Floresta, Barra do Garças e Rondonópolis.
Também será vendida a participação do governo em ações dos aeroportos em Brasília, Confins, Galeão e Guarulhos.
O ministro da secretaria geral da Presidência, Moreira Franco, anunciou também a intenção do governo em privatizar a Casa da Moeda.
De acordo com o ministro, o governo vai recomendar um estudo sobre a Casa da Moeda e decidir o destino do órgão.
A Casa da Moeda é ligada ao Ministério da Fazenda, e além de imprimir papel moeda, é a responsável pela confecção de passaportes, selos postais e diplomas. De acordo com o calendário, o leilão deve ocorrer no final de 2018.
Na lista de privatização estão também 11 lotes de linhas de transmissão, 15 terminais portuários, e parte da Eletrobras.
Estão também na lista ainda as rodovias BR153, que liga Goiás a Tocantis, e BR364, entre Rondônia e Mato Grosso, e ainda 15 terminais portuários em Belém, Paranaguá, Vila do Conde no Pará e em Vitória.
O governo prevê que R$ 44 bilhões sejam investidos no país ao longo dos anos de vigência dos contratos.
O ministro Fernando Coelho Filho, disse que o governo deve leiloar ainda neste semestre as quatro usinas atualmente concedidas para a Cemig.
Com produção de Samanta do Carmo.