A proposta de reforma política está pronta para ser votada em plenário, mas dois pontos ainda dividem a opinião dos deputados: o distritão, que é a votação majoritária para deputados e o financiamento público de campanha, que, se aprovado, pode ultrapassar os R$ 3, 5 bilhões na campanha do ano que vem.
A manhã foi de articulação na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Até o presidente do TSE Gilmar Mendes apareceu por lá, mas saiu sem falar com a imprensa.
Boa parte dos deputados quer encerrar logo a discussão e a votação na Câmara, estendendo, no máximo, até a próxima semana.
Para isso, o deputado Paulinho da Força diz que ainda são necessário alguns ajustes, inclusive com o Senado.
Na opinião do líder do PSDB, Ricardo Trípoli, o fundo de financiamento também precisa de ajustes.
Outro ponto que promete trazer muita discussão é o que permite ao eleitor manter o anonimato quando fizer uma doação eleitoral. A doação só não escaparia aos órgãos de fiscalização e controle, que teriam acesso às informações, para casos de prestação de contas.
Para valer nas eleições gerais do ano que vem, a proposta de reforma política precisa ser votada em 2 turnos na Câmara e no Senado até o início de outubro. E por se tratar de uma Emenda à Constituição a medida precisa da adesão de 3/5 dos parlamentares em cada casa. Ou seja: pelo menos 308 deputados e 49 senadores.
* matéria atualizada às 15h49 para acréscimo de informações e inserção de sonoras.