Maia admite que vitória de Temer contra denúncia não garante votos à reforma da Previdência
Depois do arquivamento da denúncia contra o presidente da República Michel Temer nessa quarta-feira (2), a base aliada defende que a Câmara precisa retomar a pauta de reformas estruturais. O governo teve 263 votos a favor do arquivamento da denúncia, menos do que os 308 necessários para aprovar uma proposta de emenda à Constituição, como é o caso da reforma da Previdência.
O presidente Rodrigo Maia também falou na retomada da agenda econômica e aproveitou para pedir a manutenção da meta fiscal do governo para 2017 em R$ 139 bilhões negativos.
Sonora: "A Câmara tomou sua decisão e agora nós temos um longo caminho. O Brasil tem uma crise fiscal profunda. Um desarranjo na meta fiscal que foi apresentada pelo governo, que eu espero que a gente não precise modificar. Vai ter que se reorganizar a votação da reforma da Previdência. Ela é fundamental. Mas nós sabemos que, para atingir 308 votos nós vamos ter que trabalhar muito.”
Pauderney Avelino, do DEM, argumenta que uma votação não tem a ver com a outra.
Sonora: “O Brasil está encontrando seu caminho novamente do crescimento. E nós precisamos fazer as reformas. As duas votações, esta votação com a votação das reformas, não guardam qualquer semelhança. Haverá muito mais voto para as reformas do que eventualmente para essa votação.”
A oposição avalia que a base saiu diminuída desta votação e que não tem condições de aprovar reformas. Mas o foco dos oposicionistas é a possibilidade de uma nova denúncia contra Temer ser apresentada pelo Ministério Público Federal, como comenta o líder do PT, Carlos Zaratini.
Sonora: “Com certeza, a próxima denúncia que chegar aqui vai ter uma possibilidade maior de nós derrubarmos o governo e darmos fim a esse governo. E com certeza as tais reformas vai ter uma dificuldade grande de serem votadas aqui e muito maior de serem aprovadas.”
Aguinaldo Ribeiro, líder do governo, disse que a pauta é ampla e o tempo é curto. Ele cita a necessidade de se aprovar a reforma política e a reforma tributária.





