Apesar das divergências, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), quer votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência, na Casa, em setembro.
Em entrevista à rádio CBN, Maia defendeu que o plenário analise o quanto antes o texto aprovado pela comissão especial, em maio.
Ele disse que vai se reunir nos próximos dias com economistas e que, em duas semanas, vai organizar um evento para explicar pontos da reforma aos demais parlamentares.
As negociações fazem parte do plano do governo e da base aliada para garantir a aprovação da medida. Rodrigo Maia, que se reuniu com Temer no fim de semana, só vai colocar o texto em votação quando tiver uma folga na margem de votos.
Para aprovar a PEC, são necessários 308 votos, mas Maia quer em torno de 330 deputados para colocar a proposta na pauta do plenário.
Para isso, o governo vai ter de trabalhar, já que na votação do relatório que recomendava o arquivamento da denúncia contra Temer, foram 263 votos favoráveis ao presidente. Rodrigo Maia destacou que é preciso reorganizar a base aliada.
O presidente da Câmara também comentou sobre a reforma política e acredita que o relatório deve ser votado na comissão especial ainda nesta semana. A partir da quarta-feira da semana que vem o parecer estará pronto para ser votado no plenário.
Entre as mudanças previstas na proposta está a criação de um fundo público de financiamento de campanha para as eleições do ano que vem.
O deputado ainda tratou da revisão da meta fiscal. Afirmou que é contra alterar a meta, que atualmente prevê um déficit de R$ 139 bilhões. Mas alguns parlamentares da base aliada defendem a revisão, já que as estimativas de arrecadação caíram.