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Política

Fachin retira sigilo da gravação de executivos da JBS e homologa delação de Funaro

Judiciário
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Kariane Costa
05/09/2017 - 23:43
Brasília

O ministro do Supremo Edson Fachin retirou nesta terça-feira (05) o sigilo da gravação de executivos da JBS. A conversa entre Joesley Batista e Ricardo Saud tem cerca de quatro horas,  e foi a que deu origem ao anúncio  do procurador geral da república, Rodrigo Janot de revisar a delação dos delatores.

 

Na  decisão, Fachin afirma que como os áudios foram gravados pelos próprios executivos e entregues por eles ao processo, então são válidos como prova. Sobre o sigilo, Fachin argumenta que apesar de o áudio conter menções à vida privada de outras pessoas, o interesse público sobre o processo deve  prevalecer.

 

Na conversa dos executivos, é possível ouvir como Joesley e os diretores da JBS atuaram para obter o acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Nos diálogos, eles relatam suposta influência sobre o ex-procurador da República Marcelo Miller, que fez parte da equipe de Janot.

 

Na segunda-feira. ao comunicar a abertura do processo de revisão das delações, Janot disse que mesmo se os benefícios dos delatores forem cancelados, as provas contra as pessoas citadas devem ser mantidas. Mas, a decisão final cabe ao Supremo.

 

Também nesta terça-feira, Fachin homologou o acordo de delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro com a Procuradoria-Geral da República. Funaro está preso há mais de um ano no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

 

Com a homologação, a PGR pode usar os fatos delatados pelo empresário nas investigações envolvendo os processos a que o colaborador está envolvido, podendo basear acusações contra parlamentares, ministros do governo e o presidente Michel Temer.

 

Funaro é processado pela Justiça Federal em Brasília em três investigações que envolvem suspeitas de desvios de recursos públicos e fraudes na administração de quatro dos maiores fundos de pensão de empresas públicas do país.

 

Ele é considerado testemunha-chave em processos que envolvem políticos ligados ao PMDB.

 

Com informações da Agência Brasil.

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