Justiça eleitoral nega pedido de Garotinho; ex-governador vai continuar em prisão domiciliar
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-governador do estado Anthony Garotinho.
Com isso, Garotinho vai continuar em prisão domiciliar, em sua residência, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.
Por determinação da Justiça Eleitoral, ele é monitorado por tornozeleira eletrônica, não pode usar telefone ou internet, e deve ter contato apenas com familiares próximos e advogados.
No julgamento do habeas corpus, os desembargadores do TRE concordaram com os argumentos usados pelo juiz Ralph Machado Júnior, da 100ª Vara Eleitoral do Rio de Janeiro, que decretou a prisão domiciliar na última quarta-feira (13) , após condenar Garotinho a 9 anos e 11 meses de prisão, por corrupção eleitoral, associação criminosa, coação de testemunhas e supressão de documentos.
Para os magistrados, existem elementos concretos que mostram que Garotinho continuou praticando crimes ao longo do processo, ao intimidar testemunhas e destruir provas.
A defesa de Garotinho, lamentou a decisão e informou que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral.
Os advogados disseram ainda que o processo é fruto de perseguição política e que a prisão é ilegal e impede Garotinho trabalhar e sustentar a família.
O processo apura um esquema de compra de votos, através de um programa social da prefeitura de Campos.
O caso ocorreu em 2016, quando o município era administrado pela mulher do ex-governador, Rosinha Garotinho.
De acordo com as investigações, o objetivo era eleger candidatos apoiados por Garotinho para a prefeitura e a Câmara de Vereadores de Campos.