Justiça do DF condena 11 pessoas por desvio de verba pública na reeleição de Roriz
Onze pessoas foram condenadas pelo uso indevido de recursos públicos para a reeleição do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz. A condenação é da Primeira Vara Criminal do Tribunal de Justiça do DF que estipulou penas que variam entre dois e seis anos de prisão, a depender do condenado.
Mesmo acusado por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro, Joaquim Roriz acabou absolvido junto com outro réu, Adilson Campos, por terem mais de 70 anos idade. Além deles, Durval Barbosa Rodrigues, teve perdão judicial por ter colaborado com a justiça, em delação premiada.
Outro réu da mesma ação que condenou as onze pessoas, é o atual deputado federal Laerte Bessa. Devido ao foro privilegiado por exercer mandato, o processo dele foi desmembrado para apreciação do Superior Tribunal de Justiça.
Segundo as denúncias enviadas à justiça pelo Ministério Público do DF, os acusados teriam desviado verba pública para o Instituto Candango de Solidariedade. Depois, o dinheiro, calculado em torno de R$ 20 milhões, foi enviado a duas empresas, para financiamento da campanha de Roriz, em 2002. Assim, o esquema aparentava um financiamento empresarial.
Além de dinheiro, foram desviados servidores públicos do GDF, para servirem de cabo eleitoral. Com a verba desviada, carros, imóveis e equipamentos foram comprados também para a realização da campanha.
O delator Durval Rodrigues chegou a detalhar como funcionava o esquema e a justiça obteve provas das irregularidades, por meio da movimentação bancária dos envolvidos. Os condenados ainda podem entrar com recurso, em primeira instância, contra a sentença.