Após um acordo, deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS aprovaram o relatório que pede a investigação do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e do ex-chefe de gabinete dele Eduardo Pelella.
A princípio, o relator Carlos Marun, do PMDB, pediu o indiciamento de Janot e Pelella mas, após críticas, voltou atrás.
A votação só foi possível depois que alguns integrantes da comissão pressionaram o relator para retirar do parecer dois pedidos: um de criação de uma CPMI para investigar o instituto da delação premiada e outro para apurar as denúncias feitas pelo ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán.
Em depoimento, o advogado questionou provas usadas pelo Ministério Público e disse que há um direcionamento de delações contra determinados alvos.
Segundo o deputado Delegado Francischini, do Solidariedade, a intenção da CPMI ao incluir o depoimento de Tacla Durán seria uma forma de investigar indiretamente o juiz federal Sérgio Moro.
O pedido para investigar delações premiadas foi feito pelo deputado Wadih Damous, do PT. Ele disse que também saiu da CPMI insatisfeito.
Rebatendo às críticas, o relator Carlos Marun disse que a CPMI cumpriu seu dever ao pedir investigações sobre membros do Ministério Público.
O relatório da CPMI da JBS manteve o pedido de indiciamento dos irmãos Joesley e Wesley Batista, do ex-procurador Marcelo Miller e do lobista Ricardo Saud.