O presidente Michel Temer manifestou preocupação com a escalada do conflito militar na Síria e disse que é preciso buscar uma resolução de longo prazo.
A declaração, em referência ao ataque contra a Síria executado pelos Estados Unidos, França e Reino Unido, ocorreu neste sábado (14) durante a Oitava Cúpula das Américas, no Peru.
Temer afirmou ainda que o Brasil condena o uso de armas químicas. Após o ataque dessa sexta (13), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, justificou a ofensiva em um suposto ataque químico atribuído ao governo sírio.
Temer também falou sobre o sequestro e morte de uma equipe de reportagem do Equador enquanto trabalhava na fronteira com a Colômbia. Ele disse que o ataque à liberdade de expressão é inaceitável e prestou solidariedade ao governo e às famílias das vítimas.
O presidente ainda defendeu maior cooperação dos países no combate a crimes transnacionais. Ele pediu que a OEA, Organização dos Estados Americanos, seja mais atuante contra a crise na Venezuela e lembrou dos milhares de migrantes.
Participam da Oitava Cúpula das Américas mais de 20 chefes de estado e governo.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não compareceu. E pela primeira vez desde a criação do encontro, em 1994, o evento é realizado sem a presença do presidente dos Estados Unidos.
O tema da cúpula é “Governabilidade democrática frente à corrupção”.
O anfitrião, Peru, é governado desde o fim de março pelo vice-presidente do país, depois que Pedro Pablo Kuczynski renunciou ao mandato após acusações de compra de voto.
E sobre o tema do encontro, Michel Temer afirmou que a democracia é a melhor arma contra esse crime, e que o compromisso do Brasil com o estado democrático tem “animado” o país a combater a corrupção.