O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou por mais 60 dias o prazo para que a Polícia Federal conclua a investigações sobre a suspeita de que os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, teriam recebido dinheiro para aprovar duas medidas provisórias favorecendo a construtora Odebrecht. A prorrogação atendeu ao pedido feito pela Procuradoria Geral da República.
Os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, e o deputado Lúcio Vieira Lima, todos do MDB, são investigados no mesmo processo. Os parlamentares teriam recebido ao todo R$ 7 milhões entre 2009 e 2013.
Esta é a segunda vez que o prazo para as investigações é prorrogado. No pedido, a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, afirmou que nos últimos 60 dias, nenhuma das diligências previstas foi cumprida pela Polícia Federal. Além disso, também não foram feitas perícias nos sistemas de comunicação e contabilidade paralela da Odebrecht.
Eunício Oliveira, por meio de sua assessoria, disse que não vai comentar a prorrogação. Romero Jucá afirma que sempre defendeu celeridade nas investigações. Estamos aguardando posicionamento de Rodrigo Maia e Lúcio Vieira Lima.