Nova regra para eleição de deputados barra sete candidatos do PSL e um do Novo
A regra que exige um desempenho mínimo para os candidatos que tentam se eleger pelo sistema proporcional foi aplicada pela primeira vez, no caso dos deputados federais, na eleição do último domingo.
O resultado foi que sete candidatos do PSL, partido de Jair Bolsonaro, deixaram de ser eleitos porque não atingiram sozinhos o número de votos correspondente a 10% do coeficiente eleitoral. O levantamento foi feito pela Câmara dos Deputados.
O coeficiente é calculado assim: a Justiça eleitoral divide o número total de votos válidos de um estado pelo número de vagas em disputa, o resultado é o coeficiente eleitoral. Cada partido ou coligação tem direito ao número de cadeiras de acordo com quantas vezes atingiu o coeficiente.
Esse cálculo fazia com que candidatos com votação expressiva carregassem para a Câmara dos Deputados outros que foram pouco votados. O conhecido efeito dos puxadores de voto.
No caso do PSL, que elegeu 52 deputados, outros sete, todos do Estado de São Paulo, teriam conseguido vaga na Câmara se não fosse a nova regra. Eles tiveram votações entre 19 e 26 mil votos. Dez por cento do coeficiente eleitoral no estado foi de 30 mil e 146 votos.
A nova regra também barrou um deputado do partido Novo pelo Rio Grande do Sul. Os outros partidos e coligações não foram afetados.