O PDT, partido do candidato à presidência da República Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, entrou com ação nesta sexta-feira na Justiça Eleitoral pedindo que a votação do dia 7 de outubro seja anulada.
O partido argumenta que diante das denúncias publicadas na imprensa de que empresários teriam gasto pelo menos R$ 12 milhões, não contabilizados oficialmente como doação eleitoral, para divulgarem nas redes sociais notícias falsas, o pleito se tornaria automaticamente viciado e desequilibrado, o que pode levar à anulação de acordo com Código Eleitoral brasileiro.
Em nota, o presidente do PDT, Carlos Lupi, afirma que as notícias falsas teriam sido responsáveis sim pelo resultado das eleições e que isso seria crime previsto no Código Eleitoral.
Um dos empresários citados na ação já foi punido pela primeira instância da Justiça trabalhista em Santa Catarina por coagir os funcionários a votar no candidato de seu interesse, Jair Bolsonaro, do PSL.
Em entrevista na manhã desta sexta-feira, Bolsonaro negou ter conhecimento das ações apontadas pelas reportagens.
O processo protocolado nesta sexta-feira é chamado no meio jurídico de Ação de Investigação Judicial Eleitoral. Em 2015, o PSDB protocolou o mesmo tipo de ação contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, do PT e a decisão final só ocorreu em 2017.