Governadores eleitos na Amazônia apresentam a Bolsonaro demandas específicas da região
Oito dos nove governadores da Região Amazônica, eleitos, participaram do Fórum de Governadores, nesta quarta-feira, em Brasília: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso. O governador reeleito do Maranhão, Flávio Dino, cujo partido, PCdoB, é de oposição ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, não compareceu.
A grande reunião, com a participação de vinte governadores de todo o país, foi fechada e seguida por um almoço entre os chefes dos estados, Distrito Federal e o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Uma carta final foi elaborada, com as principais demandas em comum.
No Norte do país, o governador eleito por Roraima, Antonio Denarium, do mesmo partido de Bolsonaro, o PSL, destacou que o estado tem demandas muito específicas, como o fornecimento de energia elétrica, o tráfico de drogas nas fronteiras e a migração de venezuelanos. Também defendeu um pacto federativo, para organizar as contas do estado, que estão no vermelho.
Perguntando sobre o que defende, em relação à demarcação de terras indígenas, o governador eleito de Roraima disse que é preciso buscar acordo com os povos tradicionais.
Também presente no evento, o governador eleito pelo Pará, Helder Barbalho destacou que os governos estaduais devem “fazer o dever de casa” com as contas públicas, mas é preciso que cada estado tenha a atenção específica por região.
O governador eleito pelo Amazonas, Wilson Lima, do PSC admitiu que a maior preocupação, como gestor, é a proteção da Zona Franca de Manaus. Segundo ele, 82% das atividades econômicas do estado estão concentradas no pólo industrial da capital amazonense. Lima ainda destacou a importância da preservação da Floresta Amazônica, junto com a garantia de atividades econômicas.
Pelo Amapá, o governador eleito, Waldez Góes, afirmou que a questão da dívida pública é o que mais preocupa a futura gestão. Ele ressaltou a importância do pacto federativo, como forma de descentralizar as decisões e os recursos, que ficam concentrados nas mãos do governo federal.