Bolsonaro diz que fará rígido controle de concessões em seu governo e cita Lei Rouanet
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que, a partir de 1º de janeiro, haverá um rígido controle de concessões. E citou a Lei Rouanet como exemplo em um post no seu perfil no Twitter. Para Bolsonaro, os apoios culturais feitos por empresas via lei de incentivo são um exemplo de desperdício de recursos que podem ser aplicados em áreas essenciais.
O presidente eleito citou o caso de Furnas ao afirmar que, em um só dia, o gerente de Responsabilidade Sociocultural da empresa autorizou o repasse de R$ 7 milhões e 300 mil para 21 entidades via Lei Rouanet. A empresa subsidiária da Eletrobras foi procurada para confirmar esse número e falar sobre o processo de escolha dos projetos apoiados, mas ainda não se pronunciou.
Desde a campanha, Bolsonaro critica a lei de incentivo à cultura do país porque ela permite que pessoas físicas e empresas aportem recursos em projetos culturais mediante um abatimento de parte desse dinheiro no Imposto de Renda.
Em setembro, ele chegou a dizer que não acabaria com a lei caso fosse eleito, mas que os benefícios seriam concedidos a artistas talentosos em início de carreira e não para famosos. Atualmente, a lei de incentivo é administrada pelo Ministério da Cultura, que, na gestão Bolsonaro, deixará de existir e terá suas funções incorporadas ao Ministério da Educação.
O presidente eleito também fez um post sobre o encontro que terá com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A conversa está marcada para sexta-feira (28) no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Bolsonaro criticou algumas pessoas que, de acordo com ele, têm o objetivo de desinformar e confundir, como se o encontro estivesse sido desfeito. Diversos veículos publicaram neste fim de semana que Netanyahu não ficará para a posse de Bolsonaro por causa de uma crise política em seu próprio país, apesar de vir ao Brasil. A embaixada de Israel confirmou que a presença dele na posse não está prevista.
Bolsonaro continua passeando com a família em uma base da Marinha, em Marambaia, na costa verde fluminense. Ele fica no local até esta quinta-feira, quando volta para a sua residência no Rio. Já sua ida definitiva para Brasília está prevista para o dia 29.