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Política

Alerj aprova extinção das UPPs; projeto vai à nova votação

Rio de Janeiro
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Ícaro Matos
20/02/2019 - 11:17
Rio de Janeiro

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou nessa terça-feira (19), em primeiro turno, o projeto de lei que prevê a extinção das UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora.

 

O texto foi aprovado em votação simbólica, mas ainda será submetido a nova apreciação pelo plenário da Casa, em data ainda a ser definida.

 

Se for novamente aprovada, a proposta seguirá para o governador do Rio, Wilson Witzel, que poderá sancionar ou vetar a medida.

 

O texto prevê que os policiais militares que atuam nas UPPs sejam redistribuídos entre os batalhões da Polícia Militar (PM) de forma igual, cabendo ao comandante-geral da corporação definir as áreas de lotação, de acordo com os índices de criminalidade de cada local.

 

O autor do projeto, deputado Rosenverg Reis, do MDB, justificou a proposta afirmando que, após dez anos de funcionamento, o Programa de Polícia Pacificadora já dá sinais de esgotamento e não apresenta mais bom desempenho.

 

Ele argumenta que a violência voltou a ser rotina em boa parte das comunidades com UPP e que a extinção do programa vai possibilitar o reforço do policiamento ostensivo no estado.

 

Em maio do ano passado, o Gabinete de Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de janeiro já tinha dado início a um projeto de reformulação do Programa de Polícia Pacificadora. A intenção era acabar com 19 das 38 UPPs existentes, onde, de acordo com estudo da própria Polícia Militar, as forças de segurança já tinham perdido o controle das comunidades.

 

O Programa de Polícia Pacificadora foi lançado em dezembro de 2008 e anunciado como a principal política de segurança pública do governo de Sérgio Cabral.

 

O objetivo da medida era retomar o controle de comunidades dominadas pelo crime organizado, principalmente por traficantes de drogas, e que apresentavam altos índices de violência.

 

A primeira Unidade de Polícia Pacificadora foi instalada no Morro Santa Marta, em Botafogo, na zona sul do Rio. Depois, o programa chegou a mais 37 comunidades da região metropolitana, empregando um efetivo total de cerca de 9 mil policiais.

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