Os secretários de Educação da Região Norte se reuniram em Belém, no Pará, e criaram um grupo de trabalho permanente para articulação e troca de boas práticas.
O grupo de trabalho vai funcionar no âmbito do Consórcio Norte de Governadores, com encontros periódicos. O próximo será em Manaus, no Amazonas, em agosto.
Entre os desafios já debatidos pelos gestores da Região Norte está a formatação de um novo modelo de educação indígena, que seja desenvolvido em parceria com as comunidades. Foram identificadas necessidades como a criação de uma carreira para professores indígenas, adaptação dos currículos e da alimentação escolar.
Luiz Castro, vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação e secretário de Educação do Amazonas ressalta a necessidade de alterar os padrões e reduzir os custos para a construção de escolas indígenas.
Só o Amazonas tem um déficit de 600 unidades desse tipo.
“Nós podemos e devemos construir escolas com o custo muito menor em parceria com as próprias populações indígenas das aldeias, dentro de modelos socioculturais mais adequados à realidade desses povos e com muito mais facilidade de atender as demandas reprimidas.”
Leila Freire, secretária de Educação do Pará, acredita que o primeiro encontro dos secretários de Educação da Região Norte permitiu a construção de uma agenda de políticas e demandas para os níveis estadual e federal.
"O nosso custo aluno para o transporte escolar, para a alimentação escolar, a nossa educação escolar indígena, ela é diferenciada e tem que ser considerada na sua singularidade."
O documento final do encontro dos secretários de Educação da Região Norte prevê a criação de termos de colaboração entre as unidades federativas e a intensificação do diálogo com o Ministério da Educação, o Ministério Público e outros órgãos de controles.
Os secretários querem aumento de repasses e orientações técnicas para desenvolvimento de projetos.