Bolsonaro diz que não tem lado em conflito no PSL, mas cobra transparência
Após especulações sobre sua permanência no PSL, o presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta quarta-feira, as inconsistências a respeito do assunto e disse que sequer comenta essa questão.
Apesar disso, defendeu que a transparência do partido que o elegeu é importante e que não quer “tomar o partido de ninguém”.
“O partido está com a oportunidade de se unir na transparência. Não tem lado A ou lado B. Eu falei, sim, em transparência. Então vamos mostrar as contas, e não ficar – como a gente vê notícias por aí – de expulsa de lá, tira da Comissão, vai retaliar. O partido tem que fazer a coisa que tem de ser feita, não tem que esconder nada. Eu não quero tomar partido de ninguém, mas transparência faz parte. O dinheiro é público. São R$ 8 milhões por mês”.
O PSL é investigado por supostos desvios de verbas do fundo partidário, em favor do presidente do partido, Luciano Bivar.
Na semana passada, a advogada de Bolsonaro, Karina Kufa, mencionou um desgaste na relação do presidente com os dirigentes nacionais do PSL. No mesmo dia, o porta-voz da presidência da república, Otávio Rêgo Barros, disse que Bolsonaro só deixa a legenda em caso de decisão unilateral do partido.
Também nesta quarta, Bolsonaro disse ter antecipado, em algumas horas, o embarque para a viagem de 10 dias que vai fazer à Ásia e ao Oriente Médio. Agora, o voo está previsto para o próximo sábado, dia 20. Segundo o presidente, a expectativa para os encontros bilaterais é das melhores.
“Muitos acordos serão assinados. Há interesse da parte deles, não é nosso apenas. O Brasil está aberto para o mundo, não temos mais o viés ideológico para fazer negócios. E a gente espera que seja uma viagem proveitosa. Uns 10 ministros devem estar nessa viagem comigo”.
Jair Bolsonaro ainda declarou estar confiante quanto à aprovação da reforma da Previdência, que está quase terminando a tramitação no Senado.