Bolsonaro pede perícia independente em corpo de miliciano morto na Bahia
O presidente Jair Bolsonaro informou que pediu uma perícia independente da morte do ex-capitão do Bope, o Batalhão de Operações Policiais Especiais da PM do Rio, Adriano da Nóbrega. O crime ocorreu no último dia 9, em Esplanada, na Bahia.
Nóbrega era investigado por diversos crimes, entre eles pelo envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele também era procurado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Em conversa com jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, nesta terça-feira, o presidente Bolsonaro afirmou que, além de saber a quem interessava a morte de Adriano, é preciso descobrir ainda se o crime foi queima de arquivo.
Uma reportagem publicada pela revista Veja desta semana com fotos da autópsia indicam que os tiros que mataram Adriano foram disparados a curta distância.
“O que acontece? Uma perícia independente vai dizer se ele foi torturado, se não foi, a que distância foram os tiros. Tinham dezenas de pessoas cercando a casa, a conduta não é essa. A conduta é cercar e buscar negociação para se render. Estão falando muita coisa na mídia, então é para esclarecer a verdade”.
No dia em que foi morto, Adriano teria entrado em confronto com os policiais. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou, na época, que ele estava sendo monitorado pelas equipes da Superintendência de Inteligência do Estado, e que, ao resistir com disparos, foi ferido. Levado para um hospital da região, não resistiu.
Foi encontrada com ele uma pistola austríaca calibre 9 milímetros e, na casa onde estava, outras três armas foram achadas.
Ainda na época, a Polícia Civil do Rio chegou a divulgar uma nota relatando a operação conjunta e destacando que Adriano é investigado por diversos homicídios e era um dos criminosos mais procurados do estado.