Após testar positivo, Bolsonaro volta a defender cloroquina contra a Covid-19
O presidente Jair Bolsonaro testou positivo para Covid-19. O resultado do exame foi confirmado por ele, em entrevista concedida a alguns veículos de imprensa, e transmitida pela Rádio Nacional.
No pronunciamento, Bolsonaro disse que está bem e que hoje a temperatura se manteve baixa, por volta de 36.7. Durante a entrevista, ele disse que começou a sentir os sintomas no domingo e que, nessa segunda-feira (6), teve febre de 38 graus, dor muscular e cansaço.
Bolsonaro relatou, ainda, que já tomou duas doses de hidroxicloroquina e azitromicina, prescritas pelos médicos como forma preventiva a doença. Apesar de não haver evidências científicas da eficácia dessas medicações no tratamento da Covid-19, o presidente declarou que já se sente melhor.
Ele criticou o protocolo anterior do Ministério da Saúde, que recomendava o uso dessa medicação apenas em casos mais severos da doença.
Por causa dos sintomas, Jair Bolsonaro foi encaminhado ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília, para fazer uma tomografia dos pulmões. O exame não mostrou comprometimentos.
Questionado se foi pego de surpresa, o presidente negou e disse que achava que já havia contraído o vírus em outro momento. Ele também comentou sobre o número de mortes causados pela Covid-19 e comparou as contaminações pelo novo coronavírus à chuva.
Durante a entrevista, Bolsonaro criticou medidas de isolamento adotadas por governadores e classificou como exagero. Perguntado se esse é o melhor momento para relaxar medidas de isolamento, ele defendeu o isolamento vertical, em que se isola apenas idosos e pessoas com comorbidades que geram riscos - e aproveitou a ocasião para falar sobre a retomada da economia.
Ao final da entrevista, o presidente recomendou que cuidem dos idosos, mas que a população mais jovem não entre em pânico caso contraia o vírus, porque a possibilidade da situação se agravar é próxima de zero.
Por causa da confirmação do diagnóstico, Bolsonaro cancelou a agenda dele para os próximos dias. Ele disse que, no entanto, vai continuar despachando durante o isolamento no Palácio da Alvorada.
É importante lembrar que o presidente Jair Bolsonaro já tem 65 anos, portanto, está dentro da faixa etária classificada como de risco da doença.