O julgamento do pedido de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi marcado para o próximo dia 30. A decisão é do desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, presidente do Tribunal de Justiça do Estado, que também comanda o colegiado formado por 5 magistrados e 5 deputados estaduais, que vão definir o futuro político de Witzel.
O relator do processo, deputado Waldeck Carneiro, deve protocolar o relatório final sobre a denúncia até 29 de abril. No dia seguinte, o parlamentar dará seu voto na sessão de julgamento do Tribunal Especial Misto, que poderá ou não ser seguido pelos demais integrantes do colegiado. Se houver sete votos pelo impeachment, Wilson Witzel deixará definitivamente o cargo.
O prazo das alegações finais da Defesa, que venceria nessa quarta-feira, foi prorrogado por cinco dias, após solicitação dos representantes do governador afastado, aceita pelo Tribunal. O novo prazo expira na próxima segunda, dia 26.
Histórico do processo
O início do processo de impeachment de Witzel foi aprovado em junho do ano passado. Ele é acusado de envolvimento em desvios de recursos na área da Saúde durante a gestão da pandemia de covid-19.
Em novembro, o Tribunal Especial Misto acolheu a denúncia para o prosseguimento do processo. Na mesma sessão, foi decidido o corte de um terço do salário de Witzel e também que ele deixasse de ocupar, junto com a família, a residência oficial do governo do estado, no Palácio Laranjeiras, na zona sul do Rio.
Desde o início das investigações, Witzel nega ter cometido irregularidades e se diz "absolutamente tranquilo".