Depois que a Argentina anunciou a suspensão de novos acordos comerciais pelo Mercosul, o Brasil passou a presidir o bloco, nesta quinta-feira (08). A reunião de cúpula dos líderes do bloco ocorreu por videoconferência, quando o presidente argentino, Alberto Fernández, passou a presidência do bloco para o Brasil, por meio do presidente Jair Bolsonaro.
No encontro da cúpula do Mercosul, o Presidente Bolsonaro participou, virtualmente, e garantiu que o Brasil, enquanto presidir o bloco, vai trabalhar para superar a “imagem de ineficiência e desperdício” atribuída ao Mercosul, segundo ele. Para Bolsonaro é necessário concluir os acordos comerciais pendentes e eliminar entraves para o comércio com países fora do bloco.
A presidência do Mercosul é, por regra, alternada a cada semestre e, neste caso, o Brasil segue no comando até o fim deste ano. Ainda no discurso de posse, Bolsonaro teceu críticas ao desempenho do Mercosul, durante o primeiro semestre deste ano, quando presidido pela Argentina. Segundo ele, alguns resultados deixaram a desejar. “Devíamos ter apresentado resultados concretos nos dois temas que mais mobilizam nossos esforços recentes: a revisão da tarifa externa comum e adoção de flexibilidades de negociações comerciais com parceiros externos”, disse o presidente do Brasil.
Durante a presidência do Mercosul, no último semestre, a Argentina chegou a anunciar, há pouco mais de dois meses, a suspensão de novos acordos pelo Mercosul, que devido à pandemia, poderiam provocar a queda do PIB argentino, o Produto Interno Bruto.
O Mercosul é um bloco econômico do qual fazem parte quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.