O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, foi afastado do cargo, na manhã desta terça-feira (19), acusado de improbidade administrativa e de praticar ilegalidades na Secretaria Municipal de Saúde. Ele também foi alvo de um mandado de busca e apreensão e sequestro de bens, que foram cumpridos na sede da prefeitura e na residência onde mora com a esposa, Marcia Aparecida Kuhn Pinheiro.
A operação, batizada de Capistrum, foi deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso em conjunto com a Polícia Judiciária Civil.
Também foram alvos da operação a secretária-adjunta de Governo, Ivone de Souza, o ex-coordenador de Gestão de Pessoas da prefeitura, Ricardo Aparecido Ribeiro, e o chefe de gabinete Antônio Monreal Neto. Todos os agentes públicos foram afastados dos cargos e o chefe de gabinete preso temporariamente.
Em nota, o prefeito Emanuel Pinheiro disse que, ao contrário do que vem sendo divulgado, a instauração do inquérito em questão não aponta para desvio de valores, mas sim verifica a denúncia de contratação excepcional de 259 servidores para a saúde no ano de 2018, sem a realização de concurso público. Ele disse considerar "desproporcionais e midiáticas" as medidas deferidas pelo Poder Judiciário e que irá recorrer das decisões. Por fim, reitera estar à disposição das autoridades para esclarecer os fatos e que, no momento oportuno, irá se manifestar à população.
O nome da operação, Capistrum, vem do latim e quer dizer “cabresto”.
*com supervisão de Ana Lúcia Caldas




