O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou representação contra o deputado Luís Miranda. Já o relator do caso do deputado Ricardo Barros pediu o arquivamento da denúncia contra o líder do governo na Casa.
O Conselho de Ética discutiu, nesta quarta-feira (03), dois pedidos de investigação por quebra de decoro parlamentar que estão interligados entre si, o do deputado do Distrito Federal pelo Democratas, Luís Miranda, e do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, do PP do Paraná.
Os casos são ligados porque Luís Miranda, em depoimento na CPI da Pandemia, afirmou ter encontrado irregularidades na compra da vacina Covaxin, pelo Ministério da Saúde, e que teria ouvido do presidente Jair Bolsonaro que essas irregularidades seriam de responsabilidade de Ricardo Barros. Por isso, o PSOL pediu a cassação do mandato de Barros no Conselho de Ética e o PTB entrou com uma representação contra Miranda por denunciação caluniosa.
Com isso, o relator do caso Miranda, deputado Gilberto Abramo, pediu a abertura da investigação por quebra de decoro no Conselho. Porém, nesta quarta-feira, após a Procuradoria-Geral da República rejeitar abrir um processo contra Miranda, o parlamentar alterou o relatório a favor do deputado democrata.
A representação contra o deputado Luís Miranda acabou arquivada por 13 votos contra 1. O parlamentar agradeceu aos colegas. Já o relator da representação contra Ricardo Barros, deputado Cezinha de Madureira, defendeu que não há elementos que justifiquem a abertura desse processo no Conselho de Ética. O líder do governo, então, justificou porque a medida não deve prosperar.
Já o parlamentar Ivan Valente, do PSOL, legenda que entrou com a representação contra Barros, criticou o relatório que pede o arquivamento.
Após um pedido de vista, a votação do parecer em favor de Ricardo Barros foi adiada para a próxima semana.
