A Prefeitura do Rio de Janeiro e as empresas de ônibus que operam no município finalmente chegaram a um acordo a respeito da exploração do serviço de transporte e da contrapartida financeira. 
De acordo com o prefeito Eduardo Paes, após 10 horas de negociação, os empresários aceitaram perder o direito de explorar o sistema de corredores exclusivos do BRT e a bilhetagem eletrônica. Em troca, a Prefeitura vai subsidiar a tarifa, considerando os quilômetros rodados em cada linha.
Dessa forma, a passagem continuará custando 4,05 para os passageiros, pelo menos até o fim do ano, mas as empresas receberão uma remuneração extra. Mas, segundo o prefeito, todos os ônibus serão monitorados em tempo real via GPS, e esse extra só será pago as empresas que estiverem operando de maneira correta. Caso as linhas não voltem a circular com a frequência contratada, as empresas também podem ter a concessão cassada.
Com o acordo, a Prefeitura espera encerrar um impasse que tem causado muitos prejuízos para a população e para os funcionários das viações. Alegando prejuízos com a queda de passageiros em meio a pandemia de covid-19, diversas empresas entraram em recuperação judicial, o que afetou o funcionamento de diversas linhas.
Além disso, também houve atrasos nos pagamentos de motoristas e cobradores e as partes ainda discutem os termos de um novo acordo coletivo para a categoria, que chegou a entrar em greve no mês passado. Paes também declarou em suas redes sociais que a questão do transporte tem sido o maior desafio da sua gestão e que o acordo vai exigir compreensão, por causa das despesas extras que serão geradas com os subsídios.
Já o porta-voz do Rioônibus, o sindicato que representa as empresas, Paulo Valente, declarou em nota que os empresários aguardam a assinatura do acordo, que entendem ser o primeiro passo no caminho da reestruturação do sistema de transporte por ônibus na cidade.
