Representantes de 21 países estiveram esta semana em Brasília para a 15ª CMDA, Conferência de Ministros de Defesa das Américas. As reuniões começaram na segunda-feira e terminaram nesta quinta com a assinatura da Declaração de Brasília.
O documento afirma que os conflitos presentes em todo o mundo, como a invasão da Ucrânia e os atos de violência exercidos por grupos armados que aterrorizam a população no Haiti, não são os meios legítimos para resolver as disputas.
O ministro da Defesa brasileiro, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, presidiu o encontro e destacou que democracia, liberdade e segurança na internet são prioridades para os países do grupo.
A Declaração de Brasília reforça a importância de adotar medidas contra as mudanças climáticas e para a preservação do meio ambiente. Os participantes defendem, ainda, a ampla participação das mulheres nas Forças Armadas e se comprometem a combater qualquer preconceito de gênero.
E a questão da soberania será um dos principais assuntos do próximo encontro, que será no ano que vem, na cidade de Buenos Aires. Foi o que afirmou o secretário de Assuntos Internacionais para a Defesa da Argentina, Francisco Cafiero.
As Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul são alvos de disputa entre a Argentina e o Reino Unido. A coroa britânica declarou posse da Geórgia do Sul em 1775 e das ilhas Sandwich em 1908 e, em 1985, elas passaram a ser consideradas um único território. Desde 1927 os argentinos reivindicam a soberania sobre a região. Já as Ilhas Malvinas são controladas pelos ingleses desde 1833. Em 1982, tropas argentinas tentaram tomar o território de volta durante uma guerra que durou dois meses. Os britânicos saíram vencedores, mas a Argentina mantém a reivindicação da posse sobre as Malvinas.