O governo federal publicou, no começo deste mês, em site oficial, os gastos com cartões corporativos dos ex-presidentes da República que ocuparam o Planalto de 2003 a 2022. A divulgação foi determinada pelo TCU, Tribunal de Contas da União.
As informações sobre os gastos do cartão corporativo dos ex-presidentes Dilma Rousseff, Michel Temer e dos dois primeiros mandatos do presidente Lula foram divulgadas ainda no final do ano passado.
Já os dados do ex-presidente Jair Bolsonaro só foram divulgados neste ano porque, segundo o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, Bolsonaro alegou que as informações colocavam ele e a família em risco.
Ao todo, o ex-presidente Jair Bolsonaro gastou mais de R$ 27,6 milhões nos quatro anos de mandato. A maior parte dos gastos foi com hospedagem, somando R$ 13,7 milhões, seguido por alimentação e supermercado, com R$ 10,2 milhões.
O valor não considera a inflação do período. O cartão corporativo é utilizado para pagamento de despesas do presidente da República e família. Todos os dados estão no site da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Ainda de acordo com o ministro da Secom, Paulo Pimenta, essas informações não se referem aos sigilos impostos por Bolsonaro que estão em análise na CGU, a Controladoria-Geral da União.
Dos cerca de 65 mil sigilos impostos pelo governo anterior, 2 mil estão em análise na CGU porque foram objeto de recursos que questionaram a validade desses sigilos.
Ao tomar posse, Lula assinou decreto que deu 30 dias de prazo à Controladoria-Geral para analisar a necessidade de manutenção ou levantamento desses sigilos.