A reforma tributária e a substituição do teto de gastos por outra regra fiscal devem ser as prioridades do novo governo no Congresso Nacional. Esses dois temas foram destacados pelos parlamentares que acompanharam a posse do presidente Lula nesse domingo (1º).
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT), destacou que a reforma tributária deve ser construída com a participação de todas as legendas.
Assim como o líder do governo, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, durante o discurso da cerimônia de posse, citou, como prioridades, a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal.
No discurso feito no Parlamento, o presidente Lula reforçou que deve revogar o atual teto de gastos.
O mecanismo que limita o crescimento das despesas foi instituído pelo governo de Michel Temer e limita o valor ao aumento da inflação medida pelo IPCA.
E a PEC da Transição, já aprovada, permite a revogação do atual teto, desde que o governo apresente nova proposta de regra fiscal até o final de 2023.
Para isso, o governo precisa ter maioria no Parlamento. Uma das estratégias de Lula é se aproximar de partidos do chamado Centrão, em especial, o União Brasil, que ficou com três ministérios do novo governo. A legenda possui 59 deputados federais e dez senadores no Congresso Nacional.
Ainda assim, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil), que foi candidata à Presidência da República, disse que vai fazer uma oposição independente.
Soraya foi uma das poucas parlamentares que se colocam como oposição a comparecer à posse. Deputados e senadores mais alinhados ao antigo governo não foram vistos na cerimônia.