Com discurso contra a desigualdade, Luís Inácio Lula da Silva discursou, como presidente da República, em frente ao Palácio do Planalto. Neste domingo (1º), dia da posse presidencial, em Brasília, Lula convocou toda a sociedade, para uma frente ampla no combate à pobreza e à fome.
Em tom de conciliação, o presidente Lula disse que quer focar no futuro e pediu à população para agir com paz e ordem. Pedindo a união das pessoas, ele disse que vai governar para todos os brasileiros.
No Parlatório do Palácio do Planalto, Lula mencionou o “abismo social” e lembrou, emocionado, que pretende não apenas governar, mas cuidar do país, sobretudo dos mais pobres. Lula também disse que quer combater todas as formas de desigualdade - e, uma das formas, é por meio de ministérios.
Ao lado da primeira-dama Janja da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e da vice-primeira-dama Lu Alckmin, Lula lembrou seu primeiro discurso como presidente em 2003, comparou o Brasil daquele ano ao de agora e fez críticas às ações do governo anterior. Lula também homenageou as 700 mil pessoas mortas por covid durante a pandemia.
Na cerimônia do Palácio do Planalto, na tradicional subida da rampa, Lula e Janja foram acompanhados da cachorra Resistência e representantes do povo brasileiro: o estudante Felipe, de dez anos, o cacique Raoni, o metalúrgico Wesley, o professor Murilo, a cozinheira Jucimara - que participou da vigília enquanto ele esteve preso em Curitiba - e o influenciador digital representante das pessoas com deficiência Ivan Baron.
Já a troca de faixa, que costuma ser passada pelo presidente que deixa o cargo, foi diferente: Lula a recebeu das mãos dessas pessoas que representam o povo brasileiro e que subiram a rampa com ele. Mas quem colocou a faixa no presidente foi Aline, uma mulher, mãe, negra e catadora de materiais recicláveis.
Eleito com mais de 60 milhões de votos, Luiz Inácio Lula da Silva se tornou, neste 1º de janeiro, o 39º presidente da história do Brasil. Com 77 anos, Lula se torna presidente pela terceira vez.
